Wednesday, April 1, 2015

Palranoas: GUGLER.

Há que acrescentar avisos, quanto mais não seja na contracapa, dos livros traduzidos para português, indicando o grau de amor à arte com que o texto foi traduzido, ou se foi apenas guglido. Nalguns casos podemos desconfiar que o livro foi originalmente escrito sem dor ou prazer mas, em geral, a afonia do texto denuncia a prática do gugler pelo tradutor. Pode ir ao extremo de vestir em português palavras estrangeiras. Lembro-me de um caso em que, de tão literal, a tradução sugeria, a certo ponto, o contrário do texto original. Gugler tornou-se tão comum, que não poupa traduções de escritores premiados por intelectuais encartados, sendo que aqui o texto se pode limitar a um arrastar de preguiças a que foi extraída a vontade de viver, sem dar muito nas vistas, por esses baixos amarinhais fora. 

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